Plataforma: XBOX 360
Gênero: Luta
Jogabilidade: Ótimo
Idade mínima recomendada: 12 anos
História: Pokémon, Yu-Gi-Oh! e... bocha? Os Bakugans invadem os video games para duelar.
Pokémon e Yu-Gi-Oh! já tiveram os seus momentos de glória — apesar de ainda serem extremamente populares —, mas a bola da vez são os Bakugans. O anime produzido pela TMS Entertainment e Japan Vistec — sob os cuidados do diretor Mitsuo Hashimoto, que também assina os filmes animados de grandes séries como Dragon Ball, Dr. Slump, BeyBlade e Chobits entre outros — vem conquistando uma legião de fãs cada vez mais fervorosa.
A história centrada nos embates de cinco criaturas místicas chamadas Bakugan e seus “adestradores” humanos, contou com 51 episódios em sua primeira edição e outros 52 devem compor a continuação da franquia (Bakugan: New Vestria), sendo que uma terceira parte já está em fase de pré-produção.
Cientes do apelo da franquia e das possibilidades mercadológicas — a história envolve duelo de carta e monstros de bolso ($$$) — a Sega Toys e a Spin Máster desenvolveram uma versão de tabuleiro dos duelos representados no anime. Para os não iniciados no fantástico mundo de Bakugan, os duelos desenrolam-se da seguinte forma: cada jogador conta com três Bakugans (criaturas místicas que assumem o formato de esferas, bem parecidas com as Pokébolas), três Gate Cards e três cartas de atributo.Dois ou mais jogadores posicionam cartas “portais” (Gate Cards) no tabuleiro e devem arremessar seus Bakugans (em sua forma esférica) sobre o tabuleiro com o objetivo de os posicionarem sobre as cartas postadas na mesa. Uma vez sobre a Gate Card o Bakugan assume a sua forma de batalha (conjurando um monstro) e espera um novo turno para lutar contra outro monstro ou dominar a carta.
Durante os combates as criaturas ainda podem utilizar-se de cartas de atributo, basicamente são bônus que aumentam a G-Power (força bruta) dos Bakugans, sendo que a criatura com o maior percentual de G-Power vence o embate.
Essas são as regras básicas, mas o jogo possui verdadeiros compêndios explorando todas as nuances do código de jogo, bem como as melhores estratégias de combate e constituição de decks de partida.
Além disso, a Sega Toys também lançou vários tabuleiros especiais e outros acessórios próprios para as partidas que por sinal contam com uma característica muito interessante: as cartas e as esferas Bakugan são magnéticas e quando a bolinha Bakugan passa por cima da carta ela ativa um mecanismo de molas que “abre” o seu mostro sobre o tabuleiro.
Estava pronto o cenário para uma nova febre entre os ávidos consumidores japoneses. Em tempo, a febre Bakugan tomou conta do mundo inteiro, propagando-se mais rápido do que a Gripe Suína. Agora, a inusitada combinação de Pokémons, com os duelos de cartas de Yu-Gi-Oh! finalmente chegou aos consoles em um título que agrada em cheio aos fãs do gênero.
Aprovado
Do que nós gostamos
Com a sua cara
O jogo é ambientado no universo do anime, contando com todos os personagens da série — incluindo os protagonistas: Dan, Runo, Marucho, Julie, Shun, Alice e Joe entre outros —, porém você pode criar o seu próprio herói, personalizando alguns itens como boca, cabelo, olhos e roupas.
Para os fãs
Apesar de curta e pouco inspirada a trama é um prato cheio para os fãs do animê. Além de contar os rostos conhecidos a narrativa parece interligada com o universo da versão animada, fazendo referências constantes ao desenho animado.
Mudou para melhorO sistema de jogo é um pouco diferente do que o apresentado no anime e na versão de tabuleiro. No entanto, as mudanças são para melhor e deixam a versão virtual de Bakugan muito mais dinâmica e interessante.
Durante os duelos os jogadores podem interferir com as jogadas do seu adversário. Enquanto um arremessa o seu Bakugan o outro tenta tirá-lo do caminho. Além disso, quando dois monstros enfrentam-se sobre uma carta você também poderá aumentar o G-Power da sua criatura através de um mini game — na realidade são três tipos diferentes, que aparecem de forma aleatória.
Outro ponto interessante é a utilização do SIXASIS (na versão do PlayStation 3), além de servir de “gatilho” na hora do arremesso do Bakugan, o console com sensor de movimento da Sony também é utilizado em um dos minigames de combate.
Condizentes
Os gráficos e a trilha sonora não são nenhum primor. Tecnicamente estão na média (ou um pouco abaixo do esperado), porém ambos os quesitos estão par com o ambiente do anime. O estilo gráfico característico (passando pela utilização do já tradicional filtro cel-shade) e as trilhas musicais — que apesar de repetitivas — parecem saídos diretamente da versão animada, garantindo maior fidelidade ao título.
Conclusão
Vale a pena?
Bakugan parece funcionar muito melhor no tabuleiro real (especialmente por conta da engenhosidade dos criadores da Sega Toys) do que nos video games, mesmo assim o jogo ainda apresenta algumas qualidades.
Sem sombra de dúvida trata-se de um título voltado para os fãs, no entanto ainda deve oferecer algum apelo aos jogadores que apreciam o gênero duelos de cartas de baralho, apesar de Bakugan não contar com o mesmo elemento estratégico que a série Yu-Gi-Oh!.
Nota: 9,0
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