Plataforma: WII
Gênero: Terror
Jogabilidade: Ótimo
Idade mínima recomendada: 18 anos
História: Game resgata a essência da franquia e faz bom uso dos recursos do Wii.
Fãs do gênero survival horror provavelmente já devem ter ouvido falar de uma das séries mais espetaculares da história dos video games: Silent Hill. Desde sua estreia, no saudoso PlayStation, o game vem conquistando diversos jogadores, graças a sua atmosfera obscura e o intenso terror psicológico — fator que caracteriza a franquia. Antes de Silent Hill, boa parte dos jogos ofereciam apenas sustos e monstrengos horrendos. Mas, com a chegada da série, o mundo dos games começou a realmente mexer com a cabeça do jogador.Felizmente, diversas sequencias foram lançadas, prolongando a vida do game da Konami. Com o passar do tempo, alguns títulos que chegavam sob o título de Silent Hill já não contavam mais com toda a essência que caracterizou a franquia, migrando para uma fórmula focada na ação. Um bom exemplo é o próprio Silent Hill: Homecoming, lançado para PC, PlayStation 3 e Xbox 360, que conta com um sistema de combates muito diferente dos antecessores, permitindo ao jogador acabar facilmente com as criaturas que compunham o game. Mesmo não sendo um jogo ruim — muito pelo contrário — alguns fãs ficaram decepcionados pelo novo rumo tomado.Mas, quando a Konami anunciou Silent Hill: Shattered Memories, os aficionados sorriram novamente. Por quê? Trata-se de uma releitura do primeiro jogo da série. E, tratando do primeiro jogo da série, dificilmente teríamos um game que passasse batido. O Baixaki Jogos conferiu de perto o universo de Silent Hill, desta vez no Nintendo Wii. E, certamente, podemos afirmar: o terror psicológico está mais forte do que nunca.O mesmo jogo? Não exatamenteBem, tratando de uma releitura, você provavelmente deve estar imaginando que Shattered Memories é um remake do primeiro jogo. Ou seja, os mesmos ambientes, o mesmo caminho e as mesmas criaturas. Mas esta não é a verdade. Com certeza, uma versão assim seria muito bem-vinda, mas no Wii as coisas vão muito além. Sim, você encontrará a policial Cybil Bennett no game, assim como Cheryl, a filha do protagonista, Harry Mason. Mas, então, qual é a diferença? Logo quando o jogador inicia o game, percebe que a Clímax, desenvolvedora do título, não está para brincadeira. Após uma apresentação muito bacana, através de uma espécie de menu em vídeo, o jogador é introduzido a uma sessão com um psicólogo.Nesta parte, você deve responder algumas das perguntas. As respostas influenciarão diretamente na maneira de como o game se comportará. Basicamente, dependendo de suas escolhas, você terá uma Cybil nervosa e durona, ou, em outros casos, uma policial tranquila e amigável. Tudo depende de você. Em poucas palavras: o game se molda de acordo com sua personalidade.Mas, fora isto, a estrutura da trama é basicamente a mesma. Harry está passeando de carro até sofrer um acidente que o deixa desacordado. Ao retomar a consciência, o protagonista nota que sua pequena Cheryl simplesmente sumiu. A partir daí, começa uma busca que parece nunca terminar, que pode ser traduzida num verdadeiro terror psicológico. Sem dúvidas, esta relação jogador/jogo colabora muito para a experiência e merece ser exaltada como um dos pontos positivos do título. Felizmente, a interação não para por aí. Graças às funcionalidades do Wii, o game consegue criar uma atmosfera ainda mais cativante. O Wii Remote é utilizado de maneira exemplar. Shattered Memories abusa do alto-falante do periférico e também faz com que o jogador sinta-se como se realmente estivesse segurando uma lanterna — acessório vital para Harry durante todo o jogo. Muitos dos puzzles também devem ser resolvidos com a ajuda do controle.Como você já deve saber o título não conta com qualquer combate. A Clímax resolveu removê-los completamente, algo inédito para a franquia. Anteriormente, tínhamos a chance de nos defender com armas precárias, como canos e pedaços de madeira. Em alguns casos, o jogador contava até com armas de fogo. Desta vez, a única opção é fugir. Isto, sem dúvidas, traz momentos interessantes, mas fãs sentirão falta das habilidades precárias de combate dos personagens — lutar em Silent Hill sempre foi terrível, e isto sempre foi considerado como algo bom.Em suma, o jogo divide-se em duas partes, que são delimitadas por dimensões distintas. Em uma delas, o jogador explora, resolve quebra-cabeças e utiliza seu celular para realizar ligações e verificar mensagens. Na outra, a mais bizarra, o gamer entra no “modo fuga”, o qual envolve as já mencionadas perseguições. Silent Hill: Shattered Memories retrata, sem dúvidas, boa parte da essência da franquia, focando na exploração e nos momentos tensos. O fato de seu perfil psicológico ser utilizado para a criação dos elementos do game faz com que o título se torna ainda mais cativante. Mesmo com alguns deslizes, o jogo é indicado para quem já conhece ou deseja conhecer a perturbadora cidade de Silent Hill.
AprovadoDo que nós gostamos
Definitivamente, Silent HillAo bater o olho no jogo, é impossível não reconhecer que estamos nos deparando com um game da série Silent Hill. Tudo está devidamente retratado de acordo com as características da franquia. A atmosfera é inegável, com gráficos recheados de filtros granulados e uma visibilidade baixa — não temos neblina, mas uma densa nevasca que abrange todo o ambiente.Um dos fatores mais marcantes de toda franquia é a interferência causada pelas forças negativas em aparelhos eletrônicos. Você provavelmente deve se lembrar dos ruídos estáticos que surgiam no rádio e nos celulares quando algo ruim estava por perto. Em Shattered Memories, tudo isto está de volta, mas de maneira muito mais magistral. A Climax soube aproveitar os recursos do Wii e resolveu transformar o Wii Remote no emissor de sinais sombrios. Através do alto-falante do periférico, você ouve os ruídos que, normalmente, só surgiriam pelo som de sua TV, tornando a experiência muito mais sutil. Mas, o mais interessante é como o jogador ouve as conversas e mensagens pelo telefone. Você deve simplesmente posicionar o Wii Mote como se ele fosse um telefone móvel, utilizando o alto-falante do acessório para a escuta. Parece, realmente, que estamos dentro de Silent Hill, e isto é excelente.Honrando o termo “Terror Piscológico”A série sempre foi diretamente relacionada ao termo citado no título. Em Shattered Memories, a franquia supera seus limites, graças, novamente, à criatividade da desenvolvedora. Não há como negar que um dos fatores mais bacanas do game é a interação entre o jogador e o próprio jogo. Conforme mencionamos, seu perfil psicológico é utilizado como base no game, o que cria uma experiência intimamente assustadora.Suas respostas darão origem a criaturas de diversos formatos diferentes. Mas, além disso, os ambientes e as pistas encontradas também variam conforme suas escolhas. Isto resulta em um título que pode ser jogado e revisitado várias vezes, pois as mudanças são simplesmente dramáticas. O bacana é que o game consegue realizar está interação sem parecer algo forçado. Você jamais responde os testes como uma obrigação, pois a conexão das etapas é realizada de maneira muito inteligente e completamente convincente. Algo diferente, inovador e muito bem-vindo. Para se ter ideia do quão fantástico é esta interação, em uma das partes do game o jogador deve pintar diversos elementos de um desenho durante um teste psicológico que visa retratar como era o lar do protagonista. Logo depois de completado, o jogo retorna para sua posição anterior, na qual o jogador acaba de encontrar sua suposta casa. O resultado? Os objetos que compõem o cenário estão da mesma cor do desenho. Perfeito para o WiiConforme mencionamos, Shattered Memories soube aproveitar muito bem os recursos do console no qual aporta, o Nintendo Wii. O Wii Mote é utilizado como lanterna durante o game, mas também serve para afastar os inimigos — através de umas boas sacudidas — e para ouvir os ruídos estáticos. Mas, a grande sacada da desenvolvedora está no Wii Mote-Celular. O modo de como o jogador controla o celular em jogo é algo realmente bacana. Além de ouvir conversas, o gamer tem a chance de utilizar o objeto como GPS — podendo até mesmo desenhar suas rotas. Outra função interessante é a da câmera, que permite ao gamer encontrar fantasmas misteriosos capazes de fornecer dicas extremamente importantes.
Fãs do gênero survival horror provavelmente já devem ter ouvido falar de uma das séries mais espetaculares da história dos video games: Silent Hill. Desde sua estreia, no saudoso PlayStation, o game vem conquistando diversos jogadores, graças a sua atmosfera obscura e o intenso terror psicológico — fator que caracteriza a franquia. Antes de Silent Hill, boa parte dos jogos ofereciam apenas sustos e monstrengos horrendos. Mas, com a chegada da série, o mundo dos games começou a realmente mexer com a cabeça do jogador.Felizmente, diversas sequencias foram lançadas, prolongando a vida do game da Konami. Com o passar do tempo, alguns títulos que chegavam sob o título de Silent Hill já não contavam mais com toda a essência que caracterizou a franquia, migrando para uma fórmula focada na ação. Um bom exemplo é o próprio Silent Hill: Homecoming, lançado para PC, PlayStation 3 e Xbox 360, que conta com um sistema de combates muito diferente dos antecessores, permitindo ao jogador acabar facilmente com as criaturas que compunham o game. Mesmo não sendo um jogo ruim — muito pelo contrário — alguns fãs ficaram decepcionados pelo novo rumo tomado.Mas, quando a Konami anunciou Silent Hill: Shattered Memories, os aficionados sorriram novamente. Por quê? Trata-se de uma releitura do primeiro jogo da série. E, tratando do primeiro jogo da série, dificilmente teríamos um game que passasse batido. O Baixaki Jogos conferiu de perto o universo de Silent Hill, desta vez no Nintendo Wii. E, certamente, podemos afirmar: o terror psicológico está mais forte do que nunca.O mesmo jogo? Não exatamenteBem, tratando de uma releitura, você provavelmente deve estar imaginando que Shattered Memories é um remake do primeiro jogo. Ou seja, os mesmos ambientes, o mesmo caminho e as mesmas criaturas. Mas esta não é a verdade. Com certeza, uma versão assim seria muito bem-vinda, mas no Wii as coisas vão muito além. Sim, você encontrará a policial Cybil Bennett no game, assim como Cheryl, a filha do protagonista, Harry Mason. Mas, então, qual é a diferença? Logo quando o jogador inicia o game, percebe que a Clímax, desenvolvedora do título, não está para brincadeira. Após uma apresentação muito bacana, através de uma espécie de menu em vídeo, o jogador é introduzido a uma sessão com um psicólogo.Nesta parte, você deve responder algumas das perguntas. As respostas influenciarão diretamente na maneira de como o game se comportará. Basicamente, dependendo de suas escolhas, você terá uma Cybil nervosa e durona, ou, em outros casos, uma policial tranquila e amigável. Tudo depende de você. Em poucas palavras: o game se molda de acordo com sua personalidade.Mas, fora isto, a estrutura da trama é basicamente a mesma. Harry está passeando de carro até sofrer um acidente que o deixa desacordado. Ao retomar a consciência, o protagonista nota que sua pequena Cheryl simplesmente sumiu. A partir daí, começa uma busca que parece nunca terminar, que pode ser traduzida num verdadeiro terror psicológico. Sem dúvidas, esta relação jogador/jogo colabora muito para a experiência e merece ser exaltada como um dos pontos positivos do título. Felizmente, a interação não para por aí. Graças às funcionalidades do Wii, o game consegue criar uma atmosfera ainda mais cativante. O Wii Remote é utilizado de maneira exemplar. Shattered Memories abusa do alto-falante do periférico e também faz com que o jogador sinta-se como se realmente estivesse segurando uma lanterna — acessório vital para Harry durante todo o jogo. Muitos dos puzzles também devem ser resolvidos com a ajuda do controle.Como você já deve saber o título não conta com qualquer combate. A Clímax resolveu removê-los completamente, algo inédito para a franquia. Anteriormente, tínhamos a chance de nos defender com armas precárias, como canos e pedaços de madeira. Em alguns casos, o jogador contava até com armas de fogo. Desta vez, a única opção é fugir. Isto, sem dúvidas, traz momentos interessantes, mas fãs sentirão falta das habilidades precárias de combate dos personagens — lutar em Silent Hill sempre foi terrível, e isto sempre foi considerado como algo bom.Em suma, o jogo divide-se em duas partes, que são delimitadas por dimensões distintas. Em uma delas, o jogador explora, resolve quebra-cabeças e utiliza seu celular para realizar ligações e verificar mensagens. Na outra, a mais bizarra, o gamer entra no “modo fuga”, o qual envolve as já mencionadas perseguições. Silent Hill: Shattered Memories retrata, sem dúvidas, boa parte da essência da franquia, focando na exploração e nos momentos tensos. O fato de seu perfil psicológico ser utilizado para a criação dos elementos do game faz com que o título se torna ainda mais cativante. Mesmo com alguns deslizes, o jogo é indicado para quem já conhece ou deseja conhecer a perturbadora cidade de Silent Hill.
AprovadoDo que nós gostamos
Definitivamente, Silent HillAo bater o olho no jogo, é impossível não reconhecer que estamos nos deparando com um game da série Silent Hill. Tudo está devidamente retratado de acordo com as características da franquia. A atmosfera é inegável, com gráficos recheados de filtros granulados e uma visibilidade baixa — não temos neblina, mas uma densa nevasca que abrange todo o ambiente.Um dos fatores mais marcantes de toda franquia é a interferência causada pelas forças negativas em aparelhos eletrônicos. Você provavelmente deve se lembrar dos ruídos estáticos que surgiam no rádio e nos celulares quando algo ruim estava por perto. Em Shattered Memories, tudo isto está de volta, mas de maneira muito mais magistral. A Climax soube aproveitar os recursos do Wii e resolveu transformar o Wii Remote no emissor de sinais sombrios. Através do alto-falante do periférico, você ouve os ruídos que, normalmente, só surgiriam pelo som de sua TV, tornando a experiência muito mais sutil. Mas, o mais interessante é como o jogador ouve as conversas e mensagens pelo telefone. Você deve simplesmente posicionar o Wii Mote como se ele fosse um telefone móvel, utilizando o alto-falante do acessório para a escuta. Parece, realmente, que estamos dentro de Silent Hill, e isto é excelente.Honrando o termo “Terror Piscológico”A série sempre foi diretamente relacionada ao termo citado no título. Em Shattered Memories, a franquia supera seus limites, graças, novamente, à criatividade da desenvolvedora. Não há como negar que um dos fatores mais bacanas do game é a interação entre o jogador e o próprio jogo. Conforme mencionamos, seu perfil psicológico é utilizado como base no game, o que cria uma experiência intimamente assustadora.Suas respostas darão origem a criaturas de diversos formatos diferentes. Mas, além disso, os ambientes e as pistas encontradas também variam conforme suas escolhas. Isto resulta em um título que pode ser jogado e revisitado várias vezes, pois as mudanças são simplesmente dramáticas. O bacana é que o game consegue realizar está interação sem parecer algo forçado. Você jamais responde os testes como uma obrigação, pois a conexão das etapas é realizada de maneira muito inteligente e completamente convincente. Algo diferente, inovador e muito bem-vindo. Para se ter ideia do quão fantástico é esta interação, em uma das partes do game o jogador deve pintar diversos elementos de um desenho durante um teste psicológico que visa retratar como era o lar do protagonista. Logo depois de completado, o jogo retorna para sua posição anterior, na qual o jogador acaba de encontrar sua suposta casa. O resultado? Os objetos que compõem o cenário estão da mesma cor do desenho. Perfeito para o WiiConforme mencionamos, Shattered Memories soube aproveitar muito bem os recursos do console no qual aporta, o Nintendo Wii. O Wii Mote é utilizado como lanterna durante o game, mas também serve para afastar os inimigos — através de umas boas sacudidas — e para ouvir os ruídos estáticos. Mas, a grande sacada da desenvolvedora está no Wii Mote-Celular. O modo de como o jogador controla o celular em jogo é algo realmente bacana. Além de ouvir conversas, o gamer tem a chance de utilizar o objeto como GPS — podendo até mesmo desenhar suas rotas. Outra função interessante é a da câmera, que permite ao gamer encontrar fantasmas misteriosos capazes de fornecer dicas extremamente importantes.
Nota: 9,7
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