Gênero: Ação
Jogabilidade: Ótino
Idade mínima recomendada: 18 anos
História: Com foco na cooperação, The 40th Day dispara, mas acerta o amigo.
Sejamos sinceros: atualmente, jogos cooperativos (com tela dividida) são raros. Tudo bem, você pode até encontrar diversos games que permitem um multiplayer amigável via online, mas dividir a tela com um amigo que está ao seu lado é algo cada vez mais distante da realidade — pelo menos no caso do Xbox 360 e do PlayStation. Entretanto, algumas desenvolvedoras bondosas ainda conseguem inserir este fantástico recurso.
Talvez um dos exemplos mais notáveis de 2009 seja Resident Evil 5, da Capcom. A campanha do game conta com dois personagens que, juntos, tentam sobreviver em meio ao caos enquanto são perseguidas por diversos monstrengos.O jogo se comporta como Resident Evil 4, mas, desta vez, há um grande foco na cooperação, seja online ou split-screen (tela dividida). Ponto para os reis do survival horror.
Mas, antes de RE5 chegar às lojas, outro game deixava bem claro que seus holofotes iluminavam o modo cooperativo: Army of Two. A Electronic Arts, responsável pelo título, trouxe um jogo repleto de ação e ainda conseguiu inovar na cooperação, graças ao medidor Aggro, que adiciona um pouco de estratégia ao tiroteio. Infelizmente, devido à problemas com a narrativa e à falta de uma inteligência artificial decente, o jogo não decolou.
Mesmo assim, a EA insistiu na franquia, anunciado uma sequencia para o título. Denominada Army of Two: The 40th Day — um nome esquisito, mas talvez a única saída para um game que já parece ter nascido com título de sequência —, a nova entrada prometia melhorar o que havia no primeiro, trazendo correções, mais ação e outras novidades.
O Baixaki Jogos pôs as mãos na segunda aventura dos durões Rios e Salem, protagonistas do game, para verificar como andam as coisas. Será que este novo contrato renderá horas e horas de diversão decente? Ou a dupla pisou na bola mais uma vez? Veremos.
História? O que é isso?
Bem, normalmente, nesta parte você ficaria por dentro da trama do game. Normalmente. Mas, The 40th Day não permite que façamos isto. Lamento. E não é por ameaças de Salem ou Rios. Tudo o que podemos dizer é que, desta vez, o cenário é uma Xangai em pleno apocalipse. Coincidentemente, a dupla está na cidade portuária da China, e deverá fazer de tudo para sobreviver e, obviamente, descolar uma boa quantia de grana.
Talvez a cutscene inicial do game devesse explicar algo, mas não é exatamente isto que acontece. Além de comportar uma parcela dos créditos do game, a primeira cena cinematográfica exibe, através de uma câmera em perspectiva, uma cidade aparentemente dominada por alguma espécie de milícia. Subitamente, tudo começa a voar pelos ares, com prédios explodindo e aviões colidindo com edifícios. A partir daí, o jogo não para.
Como é possível perceber, o título não oferece nenhuma trama muito complexa. Em vez disto, o game vai direto ao assunto, ilustrando que seu foco está mesmo na ação. Durante sua jornada, você até encontrará alguns outros elementos que contribuem para a história, mas nada que consiga torná-la muito relevante.
Army of Two: The 40th Day comporta-se como um verdadeiro filme de ação — só cuidado para não engordurar seu joystick com a pipoca. Explosões, tiroteios, cutscenes exageradas ou sem sentido, sangue e dois sujeitos contra o restante do mundo? Quer mais? Você também terá à sua disposição um arsenal invejável, que pode destruir tudo e qualquer coisa. O título se comporta de maneira bastante semelhante ao primeiro game, trazendo uma perspectiva em terceira pessoa e o mesmo foco na cooperação. Ao lado de seu companheiro, você terá de matar, matar e matar. Além do objetivo primário, algumas etapas exigem mais cautela, como quando é necessário resgatar reféns ou enganar os oponentes.
A ação de The 40th Day é, sem dúvidas, o ponto alto do game — quase que exclusivamente. Jogar ao lado de um companheiro é a grande sacada do game, seja online ou via split-screen. Deste modo, a diversão durante os tiroteios é garantida, pois o game explora o trabalho em equipe, graças ao Aggro, e permite uma aniquilação bacana.
Há ainda um modo multiplayer competitivo com quatro modalidades diferente, algo que contribui para a longevidade do título. Falando em longevidade, é possível finalizar a campanha em apenas 5 horas. Mas, infelizmente, este não é o único problema do título. Controles confusos, gráficos que deixam a desejar e a falta de inovações, sem contar na ausência de uma trama profunda, impedem novamente a decolagem de Army of Two.
Mas, se você está a fim de destruir, explodir e acabar com a raça dos inimigos sem ter de pensar muito para isso, Army of Two pode até ser uma boa pedida, principalmente se você contar com algum amigo que tope embarcar nesta desmiolada aventura. Caso contrário, nem pense em assinar o contrato e vá procurar, quem sabe, um exército de verdade do mundo dos games.
Aprovado
Do que nós gostamos
Honrando o nome
Certamente, como você deve imaginar — e conforme mencionamos — o primeiro elogio vai para o foco na cooperação. Se você leu o início desta análise, provavelmente já sabe por que The 40th Day merece respeito. Além de trazer a diversão para duas pessoas, o título ainda fornece uma experiência única quando o assunto é coop.
Trata-se do famoso Aggro, o medidor que fica na parte superior da tela, que também fez bonito no primeiro game. Novamente, ele é o centro das atenções, em todos os sentidos. A barra representa o maior atrativo do game, mas também indica qual dos dois soldados está chamando mais atenção dos inimigos.
Basicamente, quando você atira, lança granadas ou faz qualquer outra ação que desperte os olhares dos oponentes, a barra Aggro enche para o seu lado. Seu personagem ganha uma espécie de aura laranjada, enquanto seu companheiro fica com o azul brilhante.Isto significa que todos, teoricamente, os oponentes estão focados em você, permitindo que seu comparsa aja da maneira que bem entender, flanqueando ou surpreendendo os oponentes de outras maneiras. Sem dúvidas, isto adiciona um pouco de estratégia ao título e consegue, ao mesmo tempo, quebrar as chances de termos uma experiência completamente monótona e maçante, no qual o único objetivo é andar e atirar.
Nota: 8,9
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